Você provavelmente tem ouvido falar muito em inteligência emocional, mas qual a relação desse tema com a produtividade no trabalho?
A inteligência emocional é um conceito da psicologia que caracteriza a capacidade de reconhecer e avaliar seus sentimentos e também dos outros, e usar isso em seu benefício. Ele também pode ser ligado à inteligência social, e é um termo criado pelo psicólogo Daniel Goleman, dos Estados Unidos. Podemos dizer que um indivíduo com inteligência emocional, é aquele que consegue identificar suas emoções com certa facilidade, tendo isso em vista, podemos dizer que essa pessoa tem maior resiliência, se motiva mais facilmente e tem uma capacidade grande de seguir em frente diante das circunstâncias difíceis.
Uma pessoa inteligente emocionalmente, é capaz de controlar impulsos, tem a empatia como uma forte característica (já falamos dela aqui, lembra?), sabe canalizar as emoções adequadamente e sabe motivar e encorajar as pessoas ao seu redor. Esse perfil parece o do colaborador perfeito, não é mesmo? E é!
Cada dia mais, o Q.I. – a inteligência racional, lógica – vem perdendo espaço como forma de avaliar a inteligência humana, e por consequência, na avaliação do mercado de trabalho. Biologicamente falando, especialmente com a evolução da neurociência, estudos apontaram que nosso sistema nervoso é altamente diversificado e que as diferentes áreas do cérebro processam diversos tipos de informação, e com isso, podemos treina-lo para utilizar de forma positiva nas nossas emoções. Assim sendo, enquanto a inteligência racional só avalia alguns pontos lógicos e analíticos, a inteligência emocional permite que enxerguemos as nossas emoções e de quem nos rodeia, transformando isso em informação.
Profissionais que tem a inteligência emocional bem desenvolvida, segundo pesquisa elaborada em Harvard, tem níveis mais baixos de stress no ambiente corporativo. Além disso, a pesquisa apontou que pessoas com essa habilidade são também melhores líderes. Um outro estudo elaborado pelos pesquisadores da Universidade de Yale, mostrou que demonstrar emoções positivas (como os inteligentes emocionais fazem), pode beneficiar fortemente trabalhos em equipe, pois esses traços levaram a melhora na cooperação e na performance do grupo, além de um maior senso de justiça.
Deste modo, podemos afirmar que a inteligência emocional, especialmente quando desenvolvida em profissionais em cargo de liderança, faz com que o ambiente corporativo seja mais produtivo, tendo em vista que o fator humano é um componente fundamental nesse contexto. O profissional pode ter uma habilidade técnica muito grande, mas se deixar a desejar no quesito de relacionamento com a equipe, certamente terá dificuldades em ser um colaborador produtivo. O líder inteligente sabe separar seus problemas pessoais do seu cotidiano no escritório, lida bem com situações inesperadas, e tem jogo de cintura para conduzir da melhor maneira os seus liderados, que por sua vez, também tem seus problemas pessoais e questões do cotidiano de trabalho.
Gestores com a inteligência emocional bem desenvolvida, são capazes de gerar uma alta performance no trabalho da equipe, estimulando seus comandados a superar qualquer que seja o obstáculo pessoal ou profissional, e claro, a serem mais produtivos, sem deixar a qualidade para trás. Isso se dá através de feedbacks construtivos (lembra que já falamos sobre esse conceito por aqui?), além de suporte para as demandas, por mais complexas que elas possam ser.
E ao contrário do que se possa imaginar, a inteligência emocional pode – e deve – sim, ser desenvolvida. Mas para isso, precisamos conhecer os quatro pilares deste conceito:
Autoconhecimento – conhecer suas emoções e como elas afetam seu comportamento, além de saber quais são seus pontos fortes e fracos.
Autocontrole – saiba controlar seus sentimentos e comportamentos impulsivos, além de se adaptar a novas circunstâncias.
Consciência social – saiba reconhecer a emoção e a necessidade dos outros.
Gestão dos relacionamentos – desenvolver e manter boas relações, saber se comunicar, inspirar os outros e administrar conflitos.
Tendo isso em mente, podemos listar alguns princípios que vão te ajudar a desenvolver a inteligência emocional:
- Observe seu comportamento – saber quais suas reações, como você se sente e age em cada uma das situações é o primeiro passo para iniciar essa mudança interna.
- Domine suas emoções – a impulsividade não é uma boa saída em nenhuma situação. Portanto, saiba dominar o que você está sentindo antes de agir.
- Aprenda a lidar com as emoções negativas – sempre teremos algo que nos aflige e/ou nos incomoda, é um mal inevitável. Mas se isso ganhar uma intensidade muito grande, pode certamente atrapalhar o seu desenvolvimento.
- Ganhe autoconfiança – o nosso cérebro tem um potencial gigante, que muitas pessoas não tem consciência, e acabam se desacreditando. Acreditar em você mesmo, ressalta seus talentos e habilidades e serve como combustível para o crescimento.
- Saiba lidar com a pressão – não tem como fugir, lidamos todos os dias com a pressão. Mas devemos saber priorizar o que é mais importante e não perder a cabeça para gerenciar as situações. Tire um tempo para você e cuide da sua saúde para ter um melhor controle dos seus sentimentos.
- Não tenha medo de se expressar – dominar as suas emoções, não quer dizer que você não possa expressa-las. A melhor forma de evitar um conflito, é se expressando, mantendo o equilíbrio.
- Seja empático – para compreender o outro, nada melhor do que se colocar no seu lugar, não é? Segundo Daniel Goleman, o conhecimento de si próprio alimenta a empatia.
- Seja resiliente – situações adversas podem surgir na vida de qualquer um. Como você vai lidar com isso, é o que te diferencia. A resiliência tem muito a ver com como você absorve os impactos da sua rotina, sendo firme e sem perder o foco.
- Pense antes de reagir – o efeito de ação e reação é um reflexo muito rápido em nós. Mas é preciso aprender a raciocinar antes de agir de modo automático. Seja mais racional.
- Entenda seus limites – fraquezas todos temos e isso não é motivo de se denegrir. É muito normal. Saber quais elas são e quais os seus limites, faz com que você se respeite e assim, protege sua saúde emocional.
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