A geração Z, que está chegando ao mercado de trabalho vem para desconstruir muitos dos conceitos que temos.
No nosso último post, falamos sobre os mature, e como eles podem agregar às empresas. Mas e a geração Z que está chegando agora no mercado? O que eles vão trazer de força e de novidade?
Ao longo do tempo, vemos cada uma das gerações que chega, trazer características fortes e marcantes que colaboram para mudar a sociedade em que vivemos e com isso, o mercado de trabalho. Os baby boomers eram os idealistas, revolucionários que queriam mudar o mundo. Já a geração X trouxe membros competitivos, individualistas e materialistas, sempre focados no resultado. Os millenials são questionadores, tem uma visão global das coisas e são 100% conectados. Mas e a geração Z que está chegando?
A geração Z se define pelos nascidos entre os meados de 1995 e o início dos anos 2010. Seus nativos foram aqueles que já nasceram no digital, móvel, conectado. Eles não sabem o que é o mundo sem internet! Essa geração é hipercognitiva: são capazes de vivenciar diversas realidades, presencialmente e digitalmente. Eles absorvem grande complexidade, com muitas informações visuais e recursos que controlam cada passo da vida – a geração Z tem a capacidade de diminuir os imprevistos das mais variadas formas.
Eles são conectados, ágeis e engajados. Mas também ansiosos, resistentes a críticas e hierarquias. Muito abertos à diversidade e preocupados com a sustentabilidade. Não aceitam ofertas de emprego apenas pelo dinheiro e valorizam mais o propósito do que altos cargos dentro das empresas. Gostam de horários flexíveis, e mesmo assim estão muito propensos a serem empreendedores e criar relações de trabalhos virtuais.
Dentro disso, podemos listar abaixo os seus principais atributos:
- Espontaneidade: esses jovens são aqueles que não tem problemas em se mostrar sem máscaras. Eles expõem seus medos, suas fragilidades, sua intimidade e valorizam a transparência.
- Diálogo, diálogo, diálogo: os “Z`s” são avessos a qualquer tipo de polarização, são abertos a entender a diferença, o diálogo é a ferramenta principal para construir e agregar. São ponderados, ativistas e compassivos.
- Pragmatismo: a geração Z é adepta do pensamento lógico, responsável e autodidata. São práticos, super realistas e buscam satisfazer suas necessidades financeiras, ao mesmo tempo que o enriquecimento no campo emocional e sensorial.
- Não aos rótulos: não se definir é importante. Para essa geração, entender a diferença e enaltecer a individualidade é o mais importante. Você não precisa se definir, se rotular por gênero, ou classe, por exemplo. São grandes contestadores dos estereótipos.
- Viralização: essa geração adotou como forma de comunicação, os memes e emojis. Eles usam diversas referências para usar a linguagem por códigos e exercer seu poder crítico, que tem um enorme poder viral.
- 100% inclusivos: os jovens Z são inclusivos por natureza, e participam de diversos grupos, transitam por múltiplas comunidades, por acreditarem que sempre existe um ponto de conexão entre as pessoas.
Diferente de tudo que já estamos acostumados, não é mesmo? Mas é melhor se acostumar. A força de trabalho está mudando de mãos e em poucos anos os millenials e seus sucessores vão ocupar os cargos de liderança. E para que as empresas consigam acompanhar essa mudança, é preciso entender esse novo mindset.
De acordo com uma pesquisa realizada no Brasil pela The Center for Generational Kinetics, a geração Z, assim como os millenials tem desejos e valores bem similares quando o assunto é trabalho: eles querem enxergar um propósito, gostar do que fazem. Trabalho e vida pessoal devem se complementar para felicidade ser verdadeira.
Um ambiente amistoso, horários flexíveis e a possibilidade de fazer trabalho remoto, também são muito importantes – aparecem no topo da lista de itens valorizados. Além disso, ter líderes que inspiram, e que são bons ouvintes, faz com que esses novos profissionais se envolvam com suas demandas. O investimento no desenvolvimento dos seus colaboradores também é fundamental, incluindo cursos, palestras e vivências.
Um pouco de números
Para colocar em números o que estes jovens valorizam, um artigo publicado pelo MIT Sloan School of Management apontou quais os benefícios mais relevantes para a retenção de talentos dentro das empresas, e o ranking ficou assim: 1o horários flexíveis (88%); 2o bônus (77%); 3o plano de saúde (69%); 4o academia ou creche (38%); 5o trabalho voluntário durante o expediente (31%).
A geração Z também tem uma forte característica empreendedora. Não espere que esse jovem colaborador trabalhe somente na sua empresa. Provavelmente, ele terá outra atividade que exerce por conta, e que deve ser atrelado a algum hobby dele. E isso, não necessariamente só por causa do dinheiro, mas principalmente por essa inquietude, essa vontade de fazer algo que converse 100% com o seu propósito.
As novas relações de trabalho
Essas características da nova geração vão impor novas relações de trabalho, as empresas terão que se adaptar a um novo profissional, que não abre mão da sua vida pessoal em nome de horas extras. Serão desafios muito mais de adaptação e flexibilidade desses jovens que estão sempre em movimento, seja quando falamos de informações, seja quando falamos de espaços.
É importante lembrar também que, esse novo cenário que estamos expondo aqui no artigo, vale não só para os seus colaboradores, mas também para os seus clientes. Sim, a geração Z é composta de consumidores cada vez mais exigentes e que tem canais cada vez mais próximos e dinâmicos de comunicação. E esse poder que as redes trazem, podem ser tanto para enaltecer os serviços da sua empresa, quanto para expressar o descontentamento.
Além disso, os consumidores “Z’s” estão muito preocupados também com o propósito e a experiência que a empresa e o produto podem trazer. Uma companhia pode ter produtos ótimos, ser uma marca grande e conhecida. Mas de nada isso vai adiantar, se os jornais estejam noticiando que os funcionários que estão na linha de produção não tem condições adequadas para trabalhar. Ou que aquela loja super bacana expôs algum tipo de preconceito ao atender um casal homossexual , por exemplo.
Difícil se adaptar a mudanças tão rápidas e bruscas, não é? É fundamental conhecer o comportamento destes colaboradores que vem chegando ao mercado, e entender sua dinâmica de trabalho. E nós da PerfTracker podemos te ajudar! Acesse nosso site www.perftracker.com.br e veja como é simples acompanhar a performance dos seus colaboradores.